O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação é um dos fatores mais presentes em grávidas e a pré-eclâmpsia, a mais comum de suas formas de apresentação, é a principal causa de mortalidade materna. As doenças hipertensivas podem complicar as gestações, interferindo no crescimento do feto e alterando a função renal da mulher. Por isso, é importante que hipertensas que desejam engravidar passem por uma avaliação cuidadosa antes da concepção. Assim, o pré-natal se torna mais rigoroso e sistemático para poder controlar qualquer risco.
Segundo a cardiologista clínica Dra. Alessandra Cardoso Loures Bueno, a pré-eclâmpsia atinge de 5% a 10% das grávidas e surge a partir da 20ª semana de gestação. Normalmente, acomete mulheres acima de 35 anos, obesas, diabéticas e que estejam esperando o primeiro filho. “A doença pode ser tanto assintomática como pode se apresentar com inchaço nos pés, pernas, mãos e rosto, perda de proteína pela urina e dores fortes de cabeça”, orienta.
O tratamento depende de cada caso e varia de paciente para paciente. Dependendo do risco, a gestante é orientada a diminuir o ritmo de suas atividades. Internação, monitorização da pressão arterial e repouso costumam ser recomendados às gestantes que têm pré-eclâmpsia.
“O uso de medicamentos anti-hipertensivos se torna necessário para os casos mais complicados e devem ser orientados pelo médico. Também é aconselhável diminuir o sal e a fritura na alimentação, controlar o peso e realizar exercícios físicos leves que ajudam no controle da pressão”, explica a Dra. Alessandra.
Dra. Alessandra Cardoso Loures Bueno
Cardiologista
CRM-PR 14673
Publicado na Revista Manual da Mamãe
Anuário 2017 / Curitiba